sábado, fevereiro 20, 2010
O Poema e Eu
(Para o poeta e amigo Harley Dolzane)
1 – Castigas
as cordas do sonho
até que elas se deixem
vergar.
2 – Exalas
ao saracotear dos ratos a minha saliência
e conténs a ereção musculenta
do sal corrompido
de outrora.
Há alfinetes mangueirícos.
O sexo a escorrer na boca
e paladar e língua
a saltar nas tetas.
3 – Quem
apregoa-vos a aurora
que o interstício de prima morte
insiste em olvidar?
Pulular de atmosfera,
à porfia da dor,
é quase uma delinquência
– um quase-achaque estomacal!
4 – Misturo-te
com a lama temperada dos jiraus
e com as carnes e consubstancialidades soturnas
falecidas o suficiente.
5 – Na tua pessoa
bumbuns angelicais dos santos à minha beira,
com que me impacientas,
cobrem-me
os miolos de chama
Incontida.
6 – Poema,
és o caranguejo ermitão
feito esterco
do meu encanto longitudinal
a me perseguir!
Fotografia: In Certos Destinos... By Ana Mokarzel
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2 comentários:
Belíssima poesia Benny, gostei muito de seu estilo e vocabulário, suas obras são muito ricas em criatividade e mensagem.
Serei um seguidor.
Grande abraço e sucesso!
grande Benny!!!!
passando pra dizer 3 coisas:
1 - poxa, eu nem merecia esse puta poema, meu camarada! obrigado!
2 - mais uma vez parabéns pelo prêmio da AP! tu és foda! e pense na curiosidade de ler os "filamentos..."
3 - te mostrar o blog da revista literária do curso de letras da UFPA cujao desenvolvimento na net está sob minha responsa... passa lá!
Carpe diem!
Harley Dolzane
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