Pintura by NãoSouEuéaOutra
de lumes em meio-fio.
E sob o esterco
do
poema marginal:
o ávido
partir lançante
sem
as lúcidas
sobrancelhas
da
chegada;
o magnífico transpor
de cada
coincidência
ambidestra;
um underground
(in)florado
com
pensamentos trans,
a metáfora
do estorvo
tátil
em
pedaços.
Ah, todo exame de consciência
é como uma ilusão de todas as coisas
que mói admiravelmente
o que se lhe dá para imaginar,
mas não derrama outra coisa
senão a voz da fantasia
que se lhe
deu
em
sonhos...
Toda incidência de vida
é como uma moedora de porvir que rói
desmedidamente os cachos das partidas em prantos
e os olhares de negação a esse sol masoquista
que ignora os recomeços
& as reais possibilidade de repartir
o pão
de
ficar.
Ó tu,
que és parceiro do infinito!
Sê tudo... Ofertai flores exatas...
Sorrisos contundentes.
Sê mais que brumosa jornada...
Abraçai-abraçai nuvens de carnes.
Sê um arbusto no aglomerado da esperança...
Estancai-estancai lágrimas
que
ferem.
O fim
da vergonha em movimento líquido
já é um sarcófago partindo
em rio de perau; urro de cão
chamado a ser sentinela
do
vazio...
Ai, ai!
O gesto de resistir
ignora
o
retropasso!
© Benny Franklin
Pintura (...)
gentilmente cedida por "NãoSouEuéaOutra".
Um comentário:
abraço, benny, dei uma passada aqui, legal.
ronald
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