sábado, fevereiro 09, 2013

Infinitude de ser

Pintura by NãoSouEuéaOutra


de lumes em meio-fio.
E sob o esterco
do
poema marginal:
o ávido
partir lançante
sem
as lúcidas
sobrancelhas
da
chegada;
o magnífico transpor
de cada
coincidência ambidestra;
um underground
(in)florado
com
pensamentos trans,
a metáfora
do estorvo
tátil
em
pedaços. 

Ah, todo exame de consciência 
é como uma ilusão de todas as coisas
que mói admiravelmente
o que se lhe dá para imaginar, 
mas não derrama outra coisa 
senão a voz da fantasia
que se lhe
deu
em
sonhos... 

Toda incidência de vida
é como uma moedora de porvir que rói
desmedidamente os cachos das partidas em prantos
e os olhares de negação a esse sol masoquista
que ignora os recomeços
& as reais possibilidade de repartir
o pão
de
ficar.

Ó tu, 
que és parceiro do infinito!
Sê tudo... Ofertai flores exatas...
Sorrisos contundentes. 
Sê mais que brumosa jornada...
Abraçai-abraçai nuvens de carnes.
Sê um arbusto no aglomerado da esperança...
Estancai-estancai lágrimas
que
ferem.

Ai, ai!
O fim
da vergonha em movimento líquido
já é um sarcófago partindo
em rio de perau; urro de cão 
chamado a ser sentinela
do
vazio...

Ai, ai!
O gesto de resistir
ignora
retropasso!


© Benny Franklin

Pintura (...)
gentilmente cedida por "NãoSouEuéaOutra".


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Um comentário:

Ronald Augusto disse...

abraço, benny, dei uma passada aqui, legal.

ronald