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sábado, março 19, 2011

Pela cura do câncer!

Fotografia by Gossens

‎Abraçando a causa em benefício da humanidade em atendendo a sugestão do amigo Chico Sena - via Monica Manna - uno-me àqueles que torcem pela cura definitiva do câncer!


A mensagem:


"Eu tenho muitos motivos para PEDIR a todos que coloquem esta mensagem em sua página por uma hora. Eu sei aqueles que o farão!! Pense em alguém que você conheça ou ame que teve câncer. Meu desejo é que em 2011 a cura seja descoberta. Você poderia postar isto por uma hora? Existem muitas pessoas que podemos citar que lutaram e estão lutando. Eu espero ver esta mensagem na página de todos meus amigos."


Valeu, Monica e Chico!



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quarta-feira, outubro 06, 2010

Poças de rubras lábias


"Escuta, não dou lições nem esmolas, quando eu me dou, é por inteiro." 
[Walt Whitman]."

I - O poeta é largo:

Orgasmo e cuspo ornado pelo silêncio penetrado;

prostituto deslumbrado

que paira sobre o recinto onde quer que perceba
vômito, ferida, anemia putrefata;

blenorragia incomum de matiz amarelejada

ressoando cheiro de imundícia festivamente abarbada;

lápide que esconde outeiro
e caça universo quando goza 
em buracos negros
― e seu jorro inspirador

é distinguido por uma masturbação

única e pessoal,

difundida pela revolução beatnik de Walt Whitman,

o sedutor de Camden.


II - O poeta é agônico:
Irradiação e furor de um boxista no front;

arma de sua fala que gala tal qual uma arma beat;

retrato de satélite russo Sputnik

que se adicionou ao bem dotado mênstruo verborrágico

da procela gramatical;

verme que vive para seus impulsos naturais,

para sua recria e refazimento de seu próprio universo paralelo;

grão que vive e vomita dizeres malditos,

como uma lâmina entre os dentes
a procura de criaturas da noite
sob o extremo da astúcia e do abraço
― e seu pião é rodagem que arroja cavos metafísicos;

o que vive de restos de cinzeiros cubanos

e rastros de olhares malditos e insubstituíveis;

é a tradução gêmea do Deus atômico;
o elixir pávulo da vida.


III - O poeta é borra social:
Ruído de anticorpo estatelando-se no paralelismo da lauda;

gôzo que supre as felações indormidas; 
namorado em gula de sexo

e uma arma letal ainda desconhecida.

O poeta têm anseios mais profundos;

goza verbos rígidos, altivos e concisos,

intensos e diáfanos;

lambe falações poéticas de raios intensos,

cheios de efígies comuns idealistas

― é carcaça nua

e dores indemonstradas.


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terça-feira, julho 06, 2010

Realimentação

Fotografia "Hot barbecue" by Sidclay Dias


Em memória de Roberto Piva

I

Poemas com cios coxos
pululam em rodagens recém empoeiradas
como facões enferrujados de circuncisão
no saco escrotal da noite.
Gritos bennyanos surrealistas,
cerrando velhas portas,
empurram o silêncio regurgitado
na cabeceira do agora pulsante,
no Artêmis de antes gozo.

II

É no cimo da revolta
que um verbo hipnótico ejacula
bílis de laudas rejeitadas,
traz clareza cáqui
para o arcabouço
da poeticidade multifacetada...
Urros movendo-se para a relva suicida
desnudam glandes beats
para o recozimento
dos cancros cegos.

III

Sob a peia do jirau
uma rosa fecal abençôa o cubano tragado
e uma insonhável poesia belemita se masturba amarelada
para vagar livre no vaivém das bocas;
para entornar em uma bacia atemporal
o torpor das línguas verborrágicas;
para confundir olhos-lodos,
os fingimentos dos punhais.

IV

Argh! Esta esperança morta
poderia ser o poema-mór
de um sonhador insosso
influenciado por jorros espermáticos
das orquídeas manufaturadas.
Tolo como véu de vulvas
e cínico e bruto como tempestade
hei de cunhar um tempo
em que a obra e o tesão poético de um fazedor
não dependa (jamais!)
da virilidade intelectual
do sorriso.

V

Será o tumor
um poeta de estômago inteiriço?
Ou será o poeta
um tumor de gramática suburbana
repleto de turbilhão de luzes
que copula o sol com socos de boxeador
e goza indolor com sorrisos
fulgurantes e orvalhados?

VI

Volto os meus ouvidos
para os inaudíveis gritos do olhar
que varam a multifaçatez da janela.
No antro além dos calabouços
um homem escreve poemas
e teima em não analisar o feedback da vida.
E agora, depois de incrédulo,
se surpreende (com lagrimas para derramar)
com a profissão da insensatez,
com o encharque da incoerência
rompendo soluços
nas cerrações do tempo morto.

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