terça-feira, setembro 05, 2006

De toda compreênsão


Decodificar o mistério do poeta
É suprimir fomes
Desumanas do não
Partilhar a dor
O chão
O pão
A solidão
Desvendar as dores do poeta
Não é solução desmedida
De quem sabe o destino
O lascivo enigma da mão
A lavra maior é repartir
A aflição
A utopia
Hálito dos inaudíveis
Os bálsamos
Os sonhos forças armadas
Confinar nos vincos
Lendas e destinos repartidos
Repartir o poema é expor
O gozo da oração
A crase que nos reversos
Não se pode decifrar
Que nos insultados é morbidez de cão
Repartir o poema é querer
Silenciar a agonia por mais dolorida
Que seja
É ter no poema a coragem
E ter força
Jura de rima
Como uma fé
Renascida

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