1 - Lá ao longe
o transe das pessoas dormindo
com o cobertor em pane...
2 – Lá no quaradouro dos astros cômodos
a renque de estalos de palavras
rende a súbita resposta dos óbolos metafísicos
resguardando o suspirar da faca
hesitam em endeusar o avesso da vida
para saborear a partida à noite.
4 - Na hesitação das falas obscenas
a física do trajeto
e o vinhedo clandestinos dos mortos
fazendo sexo de mãos à cabeça
feita de mendicâncias.
5 – Ai! Rogo à vida
os mantos de escolhas e vindas,
gotejando
na lapela dos paradoxos impotentes
o deserto esticado
e os arbustos natimortos dos umbrais favelados
de homens com macieza arrefecida
― Nas ventas dos tumores malignos
o pouso aéreo das borboletas de programa,
o trajeto das coisas redivivas,o transe das pessoas dormindo
com o cobertor em pane...
a renque de estalos de palavras
vomitando sob o dormitório da memória
― A prima face da relvarende a súbita resposta dos óbolos metafísicos
esculpindo o rugido com hálito
e útero sem dobra.3 – Há e há o cio geométrico
por traz dos olhares imbuídos de milagreresguardando o suspirar da faca
― Na boca
os restos de alimentos reconvexoshesitam em endeusar o avesso da vida
para saborear a partida à noite.
a física do trajeto
e o vinhedo clandestinos dos mortos
fazendo sexo de mãos à cabeça
― Eu se: há no gozar sem cautela
a armadinha de reinventarfeita de mendicâncias.
as súmulas dos pastos,
as fagulhas de umbigos cálidos,os mantos de escolhas e vindas,
o sim dos homens insones
― Eu sei: há desperdícios de tardes ocasgotejando
gotejando
as ondinas gramaticais dos poetas em lágrimas.
7 comentários:
É taão bom estar aqui...nem imaginas como fico feliz!!!
Mil beijos !!!!
gotejando
as ondinas gramaticais dos poetas
em lágrimas.
nem sei dizer, mas ainda desperta
a vida...
oshf
Texto cortante: ondinas gramaticais: lacrimosos poetas. O poética perdura em seu texto. Sem descanso. Não há textura que dure a hesitação das falas: objetivamente. Excelente. Abraços, Pedro.
grato pelo seu seguimento.
Belo - Belissimo!
Meus aplausos!
Seu blog é tudo de bom!
Vou continuar por aqui te lendo.
Beijos
Show!
Simplesmente demais...
Adorei!
Abraço
Tua poesia é dura. Queima, dói, penetra e rasga, mas é bela. Deu uma beleza ardida. É fel em noite de lua, nem sei dizer. É amarga tvz como o chopp que todos bebem.
Partir em pedaços ajuda a q possamos engolir.
"...― Eu sei: há no gozar sem cautela
a armadinha de reinventar
feita de mendicâncias...."
Estou passando nos blogs e sites da antiga Campanha GLBT pedindo para, quem puder, incorporar o vídeo que eu participei na Manhã Gazeta com o tema "Saindo do Armário" e mostrar ele para seus leitores e amigos. Se puder ajudar, ótimo. Se não, tudo bem também. Não quero atrapalhar "suas pautas" ou o "tema do seu blog". Ta bom? Mais info aqui: http://fabricioviana.com/video-saindo-do-armario-blogs-sites-gls/
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